domingo, 12 de abril de 2020

Não temas!

Ressuscitou!
Ele vive,
Jesus, o Nazareno
triunfou sobre a morte,
 Por que hei de ter medo?
Caminhou sobre a água!
 multiplicou os pães!
Fez ver os cegos!
Lisiados caminharam,
e aos mortos devolveu a vida
Pois Ele reina sobre a vida e a morte
Por que hei de ter medo?
 Aos demônios? Não!
Ele os tirou das almas .
Às tormentas? Não!
Ele deteve o vento.
Ele fala e o universo inteiro ouve,
Por que hei de ter medo?
 Venceu por mim ao pecado,
Venceu por mim à morte,
ressuscitou O primeiro...
Porque é Primeiro em tudo,
Porque tudo pode,
 Ele é nossa esperança,
Ele é a vida,
 Quem crê nEle não morre!
 Você acredita nisso? Ele te pergunta,
Se você crê nisso, não tenha medo,
que nada é impossível,
 para Ele que vive e reina!
Si Ele, Jesus, nossa esperança.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Barco a Vela







Sempre chegando véspera de Ano Novo ou nos primeiros dias do ano eu escrevo um poema sobre o que eu gostaria para este novo ano no meu blog católico. Anos atrás eu escrevi isso em espanhol (Eu escrevo de memória, talvez não seja correto)

 "Como eu gostaria que neste ano que começa a ser cheio do amor de Deus, e ser como o mar azul, sereno, ser como o rio que começa em nada e termina sendo mar. Como eu gostaria se eu não posso ser mar pelo menos ser barco a vela"

domingo, 5 de abril de 2020

Nuvens

Não há que desesperar quando o céu de nossa vida está nublado. Acima das nuvens, está o céu, azul e cheio de luz. Pessoalmente, fico muito feliz quando vejo um pedaço de céu nublado e no meio dessas nuvens algum espaço por onde ainda se vê o azul do céu, e já quando cai a tarde se pode ver com clareza como a luz passa mais brilhante a través desse espaço. Há sempre um, só há que saber olhar. E mesmo que não haja, as nuvens trazem a esperança da chuva, que renova a terra e a nutre. Então, se houver nuvens no seu céu, lembre-se, apenas diga que é hora de esperar, que quando a chuva cair, irá alimentá-lo e você poderá ver o céu novamente, tão azul como sempre foi.


Homilia do Papa Francisco - Domingo de Ramos

Jesus «esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Flp 2, 7). Deixemo-nos introduzir por estas palavras do apóstolo Paulo nos dias da Semana Santa em que a Palavra de Deus, quase como um refrão, nos mostra Jesus como servo: na Quinta-feira Santa, é o servo que lava os pés aos discípulos; na Sexta-feira Santa, é apresentado como o servo sofredor e vitorioso (cf. Is 52, 13); e, já amanhã, ouvimos Isaías profetizar acerca d’Ele: «Eis o meu servo que Eu amparo» (42, 1). Deus salvou-nos, servindo-nos. Geralmente pensamos que somos nós que servimos a Deus. Mas não; foi Ele que nos serviu gratuitamente, porque nos amou primeiro. É difícil amar, sem ser amado; e é ainda mais difícil servir, se não nos deixamos servir por Deus.
Uma pergunta: e como nos serviu o Senhor? Dando a sua vida por nós. Somos queridos a seus olhos, mas custamos-Lhe caro. Santa Ângela de Foligno testemunhou que ouviu de Jesus estas palavras: «Amar-te não foi uma brincadeira». O seu amor levou-O a sacrificar-Se por nós, a tomar sobre Si todo o nosso mal. É algo que nos deixa sem palavras: Deus salvou-nos, deixando que o nosso mal se encarniçasse sobre Ele: sem reagir, somente com a humildade, paciência e obediência do servo, exclusivamente com a força do amor. E o Pai sustentou o serviço de Jesus: não desbaratou o mal que se abatia sobre Ele, mas sustentou o seu sofrimento, para que o nosso mal fosse vencido apenas com o bem, para que fosse completamente atravessado pelo amor. Em toda a sua profundidade.
O Senhor serviu-nos até ao ponto de experimentar as situações mais dolorosas para quem ama: a traição e o abandono.
A traição. Jesus sofreu a traição do discípulo que O vendeu e do discípulo que O renegou. Foi traído pela multidão que primeiro clamava hossana, e depois «seja crucificado!» (Mt 27, 22). Foi traído pela instituição religiosa que O condenou injustamente, e pela instituição política que lavou as mãos. Pensemos nas traições, pequenas ou grandes, que sofremos na vida. É terrível quando se descobre que a confiança deposta foi burlada. No fundo do coração, nasce uma tal deceção que a vida parece deixar de ter sentido. É assim, porque nascemos para ser amados e para amar, e o mais doloroso é ser traído por quem nos prometera ser leal e solidário. Não podemos sequer imaginar como terá sido doloroso para Deus, que é amor.
Olhemos dentro nós mesmos; se formos sinceros para connosco, veremos as nossas infidelidades. Tanta falsidade, hipocrisia e fingimento! Tantas boas intenções traídas! Tantas promessas quebradas! Tantos propósitos esmorecidos! O Senhor conhece melhor do que nós o nosso coração; sabe como somos fracos e inconstantes, quantas vezes caímos, quanto nos custa levantar e como é difícil sanar certas feridas. E que fez Ele para nos ajudar, para nos servir? Aquilo que dissera através do profeta: «Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração» (Os 14, 5). Curou-nos, tomando sobre Si as nossas infidelidades, removendo as nossas traições. Assim nós, em vez de desanimarmos com medo de não ser capazes, podemos levantar o olhar para o Crucificado, receber o seu abraço e dizer: «Olha! A minha infidelidade está ali. Fostes Vós, Jesus, que pegastes nela. Abris-me os braços, servis-me com o vosso amor, continuais a amparar-me... Assim poderei seguir em frente!»
O abandono. Segundo o Evangelho de hoje, na cruz, Jesus diz uma frase, uma apenas: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mt 27, 46). É uma frase impressionante. Jesus sofrera o abandono dos seus, que fugiram. Restava-Lhe, porém, o Pai. Agora, no abismo da solidão, pela primeira vez designa-O pelo nome genérico de «Deus». E clama, «com voz forte», «porquê», o «porquê» mais dilacerante: «Porque Me abandonaste também Tu?» Na realidade, trata-se das palavras de um Salmo (cf. 22, 2), que nos dizem como Jesus levou à oração inclusive a extrema desolação. Mas, a verdade é que Ele a experimentou: experimentou o maior abandono, que os Evangelhos atestam reproduzindo as suas palavras originais.
Porquê tudo isto? Uma vez mais… por nós, para servir-nos. Porque quando nos sentimos encurralados, quando nos encontramos num beco sem saída, sem luz nem via de saída, quando parece que nem Deus responde, lembremo-nos que não estamos sozinhos. Jesus experimentou o abandono total, a situação mais estranha para Ele, a fim de ser em tudo solidário connosco. Fê-lo por mim, por ti, por todos nós; fê-lo para nos dizer: «Não temas! Não estás sozinho. Experimentei toda a tua desolação para estar sempre ao teu lado». Eis o ponto até onde nos serviu Jesus, descendo ao abismo dos nossos sofrimentos mais atrozes, até à traição e ao abandono. Hoje, no drama da pandemia, perante tantas certezas que se desmoronam, diante de tantas expetativas traídas, no sentido de abandono que nos aperta o coração, Jesus diz a cada um: «Coragem! Abre o coração ao meu amor. Sentirás a consolação de Deus, que te sustenta».
Queridos irmãos e irmãs, que podemos fazer vendo Deus que nos serviu até experimentar a traição e o abandono? Podemos não trair aquilo para que fomos criados, nem abandonar o que conta. Estamos no mundo, para amar a Ele e aos outros: o resto passa, isto permanece. O drama que estamos a atravessar neste período impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor. Então, nestes dias da Semana Santa, em casa, permaneçamos diante do Crucificado – contemplai, contemplai o Crucificado! –, medida do amor de Deus por nós. Diante de Deus, que nos serve até dar a vida, contemplando o Crucificado peçamos a graça de viver para servir. Procuremos contactar quem sofre, quem está sozinho e necessitado. Não pensemos só naquilo que nos falta; pensemos no bem que podemos fazer.
Eis o meu servo que Eu sustento. O Pai, que sustentou Jesus na Paixão, anima-nos, também a nós, no serviço. É certo que amar, rezar, perdoar, cuidar dos outros, tanto em família como na sociedade, pode custar; pode parecer uma via-sacra. Mas a senda do serviço é o caminho vencedor, que nos salvou e salva, que nos salva a vida. Gostaria de o dizer especialmente aos jovens, neste Dia que, há 35 anos, lhes é dedicado. Queridos amigos, olhai para os verdadeiros heróis que vêm à luz nestes dias: não são aqueles que têm fama, dinheiro e sucesso, mas aqueles que se oferecem para servir os outros. Senti-vos chamados a arriscar a vida. Não tenhais medo de a gastar por Deus e pelos outros! Lucrareis… Porque a vida é um dom que se recebe doando-se. E porque a maior alegria é dizer sim ao amor, sem se nem mas... Dizer sim ao amor, sem se nem mas, como fez Jesus por nós.

sábado, 4 de abril de 2020

Deus é Amor

Quadro Decorativo Personalizado A4 | Deus é Amor | Plenitude ...
Deus é amor, diz-nos "no capítulo quatro versículo oito primeiro de João", canta um cântico para crianças.  No entanto, confesso que depois de ler a primeira parte da Bíblia, o Antigo Testamento, há anos, fiquei um pouco confusa.  Deus parecia ser vingativo, pois a história de Israel mostra que cada que povo se afastava de Deus, Ele parecia afastar-se e deixá-los à sua sorte. Embora haja um outro, apesar dos desvios de Israel, Deus lhes mandava os profetas para adverti-los e que se convertessem ao Senhor. Há também um sem número de exemplos onde Deus se mostra misericordioso com seu povo.  Perdoa o pecado de Davi, e torna-o pai de Salomão, que deveria construir seu templo.  É também no Antigo Testamento que faz sua promessa a Abraão de fazer dele um povo tão numeroso como as estrelas do firmamento.  É aí onde no Gênesis faz a promessa de nos enviar um Salvador, ao dizer que a descendência da mulher lhe esmagaria a cabeça, e ainda que em algumas traduções diga que é a mulher quem lhe esmagaria a cabeça, é graças ao Si de Maria, que Jesus encarna a nossa natureza humana.  Além disso, é no antigo testamento que Deus, que nos fala, assim entendo eu, como fala a Jeremias, nos diz que nos ama com um amor eterno.  Eterno, sem limites.  E diz a Isaías que embora uma mãe se esquecesse de seu filho, ele não se esqueceria de nós.  Este Deus, que apesar de haver desencadeado um dilúvio, deixa um resto para que a humanidade não se extinga, igual que salva a família de Ló quando destrói Sodoma e Gomorra. Este Deus que levou seu povo ao Egito para que não sofresse fome, e depois os salva deste mesmo Egito e os leva à Terra Prometida.  Este Deus que, apesar de bani-los de Israel, sempre os retorna a sua pátria. Ou seja, se Deus é Amor, somos nós que nos afastamos Dele e sofremos as conseqüências, mas ele sempre está disposto a nos retornar, a nos encaminhar a essa Terra Prometida, a nossa pátria celestial, onde junto com os anjos e santos gozaremos da beatitude de Sua Presença.





quinta-feira, 2 de abril de 2020

Não estamos sozinhos

Sei que o que está acontecendo no mundo é difícil para todos.  Deixei de ver as notícias para não chorar.  Mas não estamos sozinhos.  Na última missa a que assisti, recordam-nos as palavras de Jesus: "Eu estarei convosco até ao fim dos tempos".  Lembremos também que Deus está em toda parte.  E ele está conosco agora.  Tão longe quanto uma oração.  Pode parecer que se esqueceu de nós.  No entanto, lembremos que Ele não é o autor do mal.  Nossos males entraram no mundo por causa do pecado.  E a causa disto foi o maligno, a antiga serpente.  Mas Deus tem piedade nós.  E mandou seu único Filho para nos redimir.  Deus nunca nos deixa sozinhos.  Mesmo quando Jesus ascendeu ao céu nos prometeu um consolador:  o Espírito Santo.  Então, a Santíssima Trindade está conosco.  E Deus é misericórdia.  Deus é amor.  Perguntar-se porquê da situação atual, é estressante, não saber quando terminaria também, mas terá um fim.  Tenhamos fé, e ter fé é ter esperança, confiança em Deus e no seu amor infinito. Ver o Papa Francisco me fez ver minha grande falta de fé. Ele pede a Deus que tenha piedade de nós. Mas não é uma súplica triste ou sem fundamento. Seu rosto tranqüilo me dá paz e esperança. Rezemos sabendo que Aquele que escuta é fiel. E não deixemos que a incerteza nos sufoque. O que está acontecendo é triste, mas Deus responderá.  Vamos nos aproximar de Quem tudo pode.  E não só isso, mas também nos ama.  Ele nos ama desde sempre.  Aproveitemos estes momentos para nos aproximar d'Ele.  E se nos sentimos tristes recordemos tempos melhores.  Recordemos que Jesus Murio na cruz, mas ressuscito ao terceiro dia.  Nosso Deus, é o Deus da vida.  Talvez este seja um teste difícil, mas passará, tudo passa.  Cuidemos-nos, rezemos, e mudemos para melhor.