Eu sempre o procuro. Eu não o vi
nunca. Eu persigo suas impressões? Eu os limpo
com desejar, com angústia, e eu não os vejo.
Eu sei que eu não sei o procurar, e eu não desisto.
O que induz eu o seguir? Por que eu insisto
descobrindo sua face? Meu desejo
Eu não sei se é fé. Não eu sei. Não eu sei se eu acredito
em algo nisso que? Não eu sei. Não eu sei se eu existo.
Mas, Senhor de minhas aventuras, Cristo
de minha escuridão, ouve meu suspiro.
Não eu já sofro a vida, eu nem
a noite. E se amanhece, e eu não vejo
o amanhecer, eu não poderei lhe falar: Eu vi
sua luz, seus passos na terra, e eu acredito."
- Juan José Domenchina